O que é o PHP?

O PHP, uma linguagem de programação, teve seu início no outono de 1994 sob a autoria de Rasmus Lerdorf. Originalmente, consistia em uma coleção de scripts para criação de páginas dinâmicas, inicialmente desenvolvidos por Rasmus para monitorar acessos ao seu currículo online. À medida que a ferramenta ganhava funcionalidades, Rasmus viu a necessidade de uma implementação mais robusta em C, permitindo a outros desenvolvedores criarem suas aplicações web com facilidade. Essa versão inicial foi chamada de PHP/FI (Personal Home Pages/Forms Interpreter) e foi disponibilizada na web em 1995 para compartilhamento e colaboração.

A segunda versão do PHP foi lançada em novembro de 1997, quando cerca de 50 mil domínios, representando 1% da internet, já faziam uso da linguagem. Nesse mesmo ano, Andi Gutmans e Zeev Suraski, dois estudantes envolvidos em um projeto acadêmico de comércio eletrônico, uniram-se a Rasmus para aprimorar o PHP. Juntos, reescreveram completamente o código-fonte, baseando-se no PHP/FI 2, e assim nasceu o PHP 3, lançado oficialmente em junho de 1998.

Entre as principais características do PHP 3 estavam a sua capacidade de extensão, conexão com diversos bancos de dados, introdução de novos protocolos, melhoria na sintaxe, suporte a orientação a objetos e uma nova API para desenvolvimento de módulos, atraindo uma comunidade crescente de desenvolvedores.

Até o final de 1998, o PHP já estava presente em cerca de 10% dos domínios online, momento em que a sigla PHP passou a significar PHP: Hypertext Preprocessor, refletindo a sua nova posição como uma linguagem de propósito geral.

No inverno de 1998, após o lançamento do PHP 3, Zeev e Andi iniciaram uma reescrita do núcleo do PHP, visando melhorar sua performance e modularidade em aplicações complexas. Batizaram esse novo núcleo de Zend Engine, uma junção de seus nomes (Zeev + Andi).

O PHP 4, baseado nesse mecanismo, foi oficialmente lançado em maio de 2000, trazendo diversas melhorias e recursos, incluindo suporte a sessões, integração com diversos servidores web e uma abstração mais avançada de sua API, permitindo até mesmo o uso como linguagem para scripts de shell.

Nesse ponto, o PHP já estava presente em aproximadamente 20% dos domínios online, sendo adotado por milhares de desenvolvedores em todo o mundo.

Apesar dos avanços, o PHP ainda carecia de suporte mais robusto à orientação a objetos, similar ao encontrado em linguagens como C++ e Java. Esses recursos foram finalmente incorporados no PHP 5, após um extenso período de desenvolvimento, culminando no lançamento oficial em julho de 2004. Ao longo deste livro, exploraremos esses recursos por meio de exemplos práticos.